Briga que resultou em 15 mortes envolveu presos de dois pavilhões do Compaj, diz Seap-AM

Rebelião ocorreu na manhã deste domingo (26) no Compaj — Foto: Ive Rylo/G1 AM

Mortes ocorreram em quadras e celas de unidade prisional no momento em que familiares faziam visitas.

Por G1 AM

A confusão entre detentos do Complexo Anísio Jobim (Compaj) envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 da unidade prisional. Quinze mortes foram registradas no conflito ocorrido no fim da manhã de domingo (26).

Ao G1, o coronel e secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Marcus Vinicius de Almeida, disse que os detentos envolvidos na briga já foram identificados, mas não informou quantos tiveram participação nas mortes.

A Seap já iniciou as investigações em relação ao ocorrido. A confusão teve início às 11h, no momento em que parentes faziam visitas.

As mortes de detentos aconteceram nas quadras e dentro das celas, com uso de estoques (feitos com escovas de dente) e também por enforcamento. Nenhum familiar ficou ferido.

A Seap fará um levantamento, por meio das câmeras de segurança, para identificar os autores dos assassinatos e encaminhar para a Justiça, além de aplicar medidas administrativas em toda a unidade. As visitas foram suspensas no Compaj e em outras unidades prisionais da capital.

Lista de detentos mortos

Ancelmo Pereira dos Santos, 39

Antonio Xavier da Silva Camargo Filho, 42

Cleison Silva do Nascimento, 25

Edney Sandro Sabóia de Vasconcelos, 36

Elisson de Oliveira Pena, 26

Erick Weslley Martins Mendes, 25

Fernando dos Santos Ferreira, 27

Francisco de Assis Marcelo da Silva, 34

Hiel Lucas Miranda da Silva, 29

Igor Peres de Oliveira, 21

Leonardo Queiroz Campelo, 31

Naelson Picanço de Oliveira, 32

Nayan Serrão Pereira, 31

Pedro Paulo Melo Xavier, 25

Rodrigo Oliveira Pimentel, 29

Palco de massacre em 2017

A unidade onde ocorreu a briga neste domingo é a mesma onde houve uma rebelião que resultou na morte de 56 pessoas em janeiro de 2017. Na ocasião, a rebelião durou mais de 17 horas e foi considerada pelo secretário como “o maior massacre do sistema prisional” do estado.

Em dezembro do ano passado, um agente penitenciário foi morto dentro do Compaj. À época, 12 detentos foram considerados suspeitos.

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