Na votação para a adoção do regime de urgência do Projeto de Lei da Censura, apenas seis deputados do Partido Liberal (PL) se posicionaram a favor, incluindo Robinson Faria, pai do ex-ministro das Comunicações do Governo Bolsonaro, Fábio Faria. Este último costumava se expressar firmemente contra a censura imposta pelo judiciário no país, especialmente quando se tratava da derrubada de páginas e perfis de direita.
Recentemente, antes do segundo turno das eleições, Fábio convocou uma coletiva de imprensa para denunciar que algumas rádios estavam censurando a campanha do então presidente Jair Bolsonaro, ao não veicular sua propaganda eleitoral.
Porém, em um movimento surpreendente, Robinson Faria se juntou aos parlamentares do PT, Natália Bonavides e Fernando Mineiro, e votou a favor da urgência do PL 2630, que permite que o projeto seja votado sem passar pelas comissões da Câmara.
Isso é um serviço prestado ao autoritarismo e à supressão da liberdade de expressão no país. Diante disso, se Fábio confrontasse seu pai sobre essa postura, o que ele perguntaria?
Ainda há tempo para Robinson corrigir esse erro, caso contrário, ele será lembrado como um deputado do Partido “Liberal” que apoiou a repressão e a ditadura nas redes sociais, deixando um legado negativo na história política do país.
Ismael Sousa