O retrato da seca no Rio Assú.

“Em alguns trechos, o rio virou estrada, local onde até poucos anos atrás só era possível passar por barco”.
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Aos 63 anos de idade, seu Francisco, como é mais conhecido, é residente na cidade de Pendências, desde 1982. Ele falou com tristeza ao portal na manhã deste domingo (01), as margens do rio, da triste realidade em que se encontra o Rio Piranhas. Nossas lentes registrou este senhor, que apesar de sua idade, retirando os últimos baldes de água que ainda restam no rio para cozinhar e demais necessidades diárias.

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Aproveitei o momento e perguntei se ele morava perto dali e ofereci minha ajuda, emocionado, ele disse que ainda teria que andar cerca de um km para chega em casa. Confesso que constatei uma realidade desconhecida talvez por muitos… “Não existe mais água no Rio Piranhas para as cidades que sempre dependeram ou dependem do Rio para sobrevivência”. As bombas da Caern mesmo frutuantes não consegue bombear a água. A  seca é o retrato sem cor que afeta uma população que sempre dependeu do rio Assú.

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A pior seca das últimas décadas transformou a paisagem do Rio Piranhas e deixou em estado crítico e preocupante. Na maior parte como mostra as imagens, a água desapareceu e a população dos municípios que depende do rio enfrentam dias de caos. O pior é que não há previsão de chuva para a região.

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Em alguns trechos, o rio virou estrada, local onde até poucos anos atrás só era possível passar por barco. Os batelões usados pelos pescadores e que ficavam na água, agora está em um mar de vegetação rasteira, pedras e barrancas de areia.

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O que resta para a população dos municípios de Assú, Ipanguaçu, Carnaubais, Alto do Rodrigues, Pendencias, Macau, Guamaré, dentre outros, é pedir a Deus misericórdia com a graça da chuva.

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