Oposição ou situação?

“Uma pergunta que o vereador Carlinhos do Valadão não consegue responder com exatidão”

Em entrevista concedida ao programa Macau em Notícias da última sexta-feira (13), o vereador Carlinhos do Valadão, mais uma vez, fez uso de um discurso superficial que não disse nada a ninguém sobre coisa nenhuma, parecendo sofrer de uma “crise de identidade”, pois não consegue ser claro e direto quando o assunto é sua posição política.

Perguntado se era oposição ou situação, o nobre vereador não foi direto e muito menos enfático em sua resposta, se limitando a mostrar que estava em companhia dos vereadores oposicionistas Cláudio Gia e Ítalo Mendonça, além do, supostamente oposicionista, vice-prefeito Rodrigo Aladim.

Durante a entrevista, o edil justificou sua ida para o governo, antes mesmo do início de seu mandato, dizendo que confiar é uma virtude e foi essa virtude o motivo de ter aderido ao “projeto politico do gestor”.

Posteriormente, sua saída se deu por não concordar com as atitudes do atual gestor.

Tanta confiança, levou o então líder do governo, a aprovar em poucas horas e sem uma leitura criteriosa, uma reforma administrativa tão nociva, que tem deixando graves “sequelas” na economia do município e na vida de seus munícipes, aceitando como garantia apenas a “palavra” de um gestor que na época já dava claros e irrefutáveis indícios de sua mentirosa, “cancerígena” e má administração.

Uma confiança no mínimo contraditória, já que o também vereador e contador Ítalo Mendonça, advertiu em plenário sobre as futuras consequências do “desastre” que hoje acontece em Macau.

Uma confiança no mínimo contraditória, já que a reforma criou cargos, dobrou salários e o próprio Carlinhos se mostrou conhecedor do excessivo número de cargos existentes e funcionários recebendo sem trabalhar.

Uma confiança no mínimo contraditória, já que o próprio Carlinhos afirmou que, em governos anteriores, constantemente acessava o Portal da Transparecia para embasar seus questionamentos.

Perguntado sobre quem seria seu candidato ao governo do estado, o nobre vereador se limitou a informar que, com exceção de um ou dois nomes, seu apoio está condicionado a vontade do vice-prefeito Rodrigo Aladim.

Com relação a eleição para a presidência da Câmara Municipal, o nobre edil mais uma vez foi evasivo em sua resposta, ao afirmar que vota em qualquer um da oposição, no entanto, mesmo não existindo acordo, não descarta a possibilidade de votar em candidato apoiado pelo chefe do executivo.

Bem verdade que alguns atos do nobre edil têm corroborado para pressionar o prefeito Túlio Lemos. Entre eles a assinatura da CEI do lixo e alguns requerimentos com pedidos de informação. No entanto, conforme palavras do vereador Kekel, falta muita ação prática de Carlinhos contra as irregularidades deste governo.

Para encerrar, destaco três frases ditas pelo vereador durante a entrevista:

Um vereador não deve ser jugado por um ato.

Com certeza não, mas pelas consequencias do conjunto de atos que o mesmo pratica.

O que foi feito não pode se mudar.

Inclusive a aprovação da famigerada Reforma Administrativa.

As coisas acontecem com o tempo.

Esperamos que os poucos mais de dois anos de mandato que ainda restam ao vereador, sejam suficientes para que as coisas aconteçam. Fonte: Edésio Silva

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