Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) disse que se trata de um efeito comum em rios represados, que acabam formando pequenas lagoas com oxigênio insuficiente.
Por Anderson Barbosa, G1 RN
Imagem registrada no início do ano mostra peixes subindo o rio Piranhas/Açu, que abastece a barragem de Oiticica, em Jucurutu — Foto: Canindé Soares
Peixes, aos milhares, estão morrendo na barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, na região Seridó potiguar. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), trata-se de um efeito comum em rios represados, que acabam formando pequenas lagoas com oxigênio insuficiente para os animais.
Moradores da região relataram que os peixes começaram a aparecer mortos no início desta semana. A Semarh afirma que a maioria é da espécie tilápia, mas não soube estimar a quantidade de animais mortos.
Ao G1, o secretário João Maria Cavancanti disse que medidas já estão sendo tomadas para fazer a retirada dos animais mortos, e adiantou também que canais devem ser abertos para que haja uma interligação entre as lagoas que se formaram com o curso do rio, e que isso deve ajudar a melhorar a oxigenação da água, evitando nova mortandade.
“A morte de peixes em rios que possuem barramento, como é o caso do Rio Piranhas/Açu, que leva água até a barragem de Oiticica, é algo comum. O problema é que, com as chuvas, o nível do rio sobe e os peixes acompanham essa subida. Depois, com a redução das chuvas, o rio seca e se formam pequenas lagoas, onde os peixes acabam ficando presos. E, com o tempo, o oxigênio da água acaba”, explicou o secretário.
Ponto turístico
Com as chuvas que caíram no início do ano, uma das paredes secundárias da barragem de Oiticica chegou a sangrar no final de janeiro – atraindo centenas de visitantes.
O movimento no balneário foi tão intenso ao longo dos finais de semana que a Polícia Militar precisou realizar um trabalho preventivo para coibir abusos que estavam ocorrendo na barragem. O objetivo foi proibir a pesca ilegal, o descarte irregular de lixo, poluição sonora, além de crimes de trânsito.