Morte do prefeito de Grossos continua sem solução.

dehonQuanto tempo pode durar uma dor? A da professora Melânia Caenga resiste a nove anos e oito meses. E não é física, daquela que passa com remédios. É pior. É dor de desesperança. Há quase uma década ela espera ver o julgamento dos seis policiais civis acusados de matar seu irmão, Dehon Caenga, e o motorista dele, Márcio Sander Martins. Os dois foram executados na noite de 22 de junho de 2005, na BR-304, em Santa Maria, numa operação desastrosa da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, que os confundiu com assaltantes de carros de luxo. Prestes a completar dez anos, o crime permanece impune e os acusados continuam soltos.

“Eu tenho é pena destas pessoas. Porque quem fez aquilo não é um ser humano. Eu não tenho rancor, mas queria que fosse feita justiça. O que eles fizeram tirou a vida de dois homens de bem, dois pais de família”, comenta Melânia. João Dehon da Costa Neto, o “Dehon Caenga, era prefeito do município de Grossos e tinha 37 anos quando foi assassinado. Ele voltava de Natal, junto com seu motorista e dois funcionários da prefeitura. A picape Hilux em que estavam foi confundida por policiais com uma do assaltante Eduardo Chupeta, especializado em roubo a carros de luxo e alvo principal da polícia naquele momento. Passava das 22h quando o carro do prefeito cruzou o trecho onde estava montada uma barreira. Novo Jornal

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